- Em Ribeirão Preto (SP), mulher guardava quase duas toneladas de lixo em casa
O lixo foi acumulado nos últimos seis meses por Noeli Marciliano, 37, e o filho dela, Jonatas, 14, que comercializam material para reciclagem. Em dois dias de trabalho, que envolveu 11 agentes, foram carregados quatro caminhões. O material foi para um aterro sanitário.
O objetivo da limpeza foi acabar com os potenciais criadouros do mosquito da dengue. Ribeirão Preto é a cidade paulista que tem o maior número de casos de dengue. Oito pessoas morreram este ano devido à doença, que atingiu cerca de 14,5 mil moradores.
“É um verdadeiro alívio esse lixo sair daí. Aqui em casa seis pessoas pegaram dengue este ano”, afirma Jocelino Rodrigues Cardoso, 45, presidente da Associação dos Moradores do Heitor Rigon.
Ele afirmou que a vizinhança tem pena da dona da casa e sabe que ela vive da coleta do lixo. “Mas do jeito que estava não podia continuar. Ela queimava também o material. Ninguém suportava.”
O instrutor de autoescola Robson Carlos Gonçalves, 30, disse que a mulher dele, Madalena, 29, pegou dengue e ficou oito dias afastada do trabalho. “Eu sinceramente não imaginava que tinha cinco caminhões de entulho aí. Com certeza foi uma coisa muito boa para o bairro.”
Noeli disse que não vai mais acumular lixo no imóvel. “Vou construir mais um cômodo aqui. A prefeitura me trouxe uma cesta básica hoje e prometeu me ajudar de agora em diante”, declarou.
Ela culpou o filho pelo acúmulo de lixo. “Eu trazia só material reciclável para cá, mas meu filho também trazia o lixo. Por isso ficava esse mau cheiro.”
A Divisão de Controle de Vetores de Ribeirão Preto vai precisar encher pelo menos mais um caminhão para limpar completamente o depósito de lixo e material reciclável acumulado na casa de Noeli.
Nenhum comentário:
Postar um comentário